Ex-assessora do deputado, Mariângela Fialek, é alvo de busca e apreensão autorizada por Flávio Dino; investigação aponta redirecionamento forçado de verbas para Alagoas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 12, a Operação Transparência, que investiga um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares no Congresso Nacional. O principal alvo da ação, autorizada pelo ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal (STF), é Mariângela Fialek, conhecida como “Tuca”, ex-assessora do deputado federal Arthur Lira (PP-AL).
Embora Lira não seja formalmente alvo da investigação, o caso concentra-se em irregularidades cometidas durante sua gestão como Presidente da Câmara dos Deputados (2021-2025). Tuca trabalhou diretamente no gabinete de Lira nesse período e, atualmente, atua no setor que organiza a indicação de emendas na liderança do PP na Câmara.
Redirecionamento para Alagoas
A decisão que embasou a operação destaca o depoimento do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que apontou para a existência de um “redirecionamento forçado de emendas” determinado pela então presidência da Casa. Segundo o parlamentar, o principal beneficiário desse esquema era o Estado de Alagoas, base eleitoral de Arthur Lira.
A imprensa nacional tem reportado que, embora Lira não seja investigado formalmente, ele é citado diversas vezes no despacho do Ministro Flávio Dino, que aponta Mariângela Fialek como “longa manus” (extensão da mão) do ex-presidente, agindo em seu nome e sob suas ordens.
O cerne da investigação foca na forma como a gestão de Lira administrava as verbas, utilizando o que era conhecido como “orçamento secreto”. A própria decisão ministerial cita que as emendas eram registradas à mão, de forma rudimentar, e a PF observou um “desapego à formalidade” e falta de preocupação com os projetos a serem beneficiados.
A Operação Transparência segue em curso, com a PF buscando evidências sobre a forma como o orçamento era manobrado para fins indevidos.
Por: Assessoria – com informações de Globo News



